Exposições ocupacionais aos solventes – Por Heitor Borba.

O campo de aplicação dos hidrocarbonetos é amplo e diverso. Utilizam-se esses produtos na indústria, no campo, na construção e inclusive, em uso doméstico. Sem aplicação das medidas adequadas de segurança, sua utilização poderá ocasionar intoxicações agudas ou crônicas, que repercutem no trabalhador de forma leve, grave ou até mesmo fatal.

A inalação e o contato direto com os solventes, por exemplo, poderá levar a narcoses, dermatoses, alteração das funções hepáticas, anemia, leucemia, etc

Caso as atividades sejam desenvolvidas em galpão aberto, todos estarão expostos, variando apenas os níveis de exposição às concentrações desses agentes nocivos.

SOLVENTES
É uma substância química ou uma mistura líquida de substâncias químicas capazes de dissolver outro material de utilização industrial. Os solventes industriais, geralmente são de natureza orgânica. Apesar de possuírem composições químicas diversas, os solventes têm algumas propriedades comuns: São compostos líquidos, lipossolúveis, possuem grande volatilidade, são altamente inflamáveis e possuem importantes efeitos tóxicos.

Sua natureza química é tão variada, que para facilitar o seu estudo e aplicação, são classificados em vários grupos de acordo com suas propriedades químicas. As mais utilizadas são as seguintes:
a) Hidrocarbonetos alifáticos: Pentano, hexano, heptano, decano;

b) Hidrocarbonetos alicíclicos: Ciclohexano, metilciclohexano, alfa-pireno;

c) Hidrocarbonetos aromáticos: Benzeno, tolueno, ortoxileno, meta-xileno, para-xileno, etilbenzeno, estireno;

d) Hidrocarbonetos alogenados: cloreto de metileno, clorofórmio, tetracloreto de carbono, 1,2-dicloroetano, tricloroetileno, 1,1,1-tricloroetano, tetracloroetileno, freons;

e) Alcoóis: Metanol, etanol, i-propanol, n-butanol, i-butanol;

f) Glicóis: Etilenoglicol, dietilenoglicol;

g) Éteres: 2-Metóxietanol, etóxietanol, butóxietanol, pdioxano;

h) Ésteres: Acetato de metila, acetato de etila, acetato de ipropila, acetato de n-butila, acetato de i-butila, acetato de 2-etóxietila, metacrilato de metila;

i) Cetonas: Acetona, 2-butanona, 4-metil-2-pentanona, 2-hexanona, ciclohexanona;

j) Outros: Nitroparafina, dissulfeto de carbono.

Aí estão relacionados todos os solventes possíveis de serem encontrados nos diversos processos industriais da sua empresa, agora vamos identificar alguns processos industriais que os mesmos podem estar presentes.

A maioria das indústrias emprega solventes em alguns dos seus processos de fabricação. Fundamentalmente, são utilizados como veículo para aplicação de determinados produtos, tais como, pinturas, vernizes, lacas, tintas, adesivos, recuperação estrutural, etc A indústria química utiliza solventes para realização de determinados processos e reações entre substâncias, previamente dissolvidas ou suspensas no seu interior. Também, podem ser utilizados como reativos de partida ou como compostos intermediários de sínteses químicas.

Alguns exemplos:
a) Indústria alimentícia: Extração de azeite e graxas com ciclohexano e o sulfeto de carbono;

b) Indústria siderúrgica: Limpeza e desengraxamento de peças com tricloroetileno, e cloreto de metileno, refrigeração em processos de corte, com hidrocarbonetos alifáticos;

c) Indústria de calçados: Solventes de colas e pegas em misturas de hexanos;

d) Indústria de plásticos e borracha: Solventes de matérias primas e de transformação, como por exemplo, dimetilformamida, clorofórmio, acetona, etc;

e) Indústria cosmética: Dispersantes de álcool etílico, álcool isopropílico, clorofórmio;

f) Indústria farmacêutica: Síntese de fórmulas;

g) Indústria de tintas: Diluentes para tolueno, acetatos, cetonas, etc;

h) Limpeza a seco: Solventes de substâncias orgânicas. Ex. Tetracloroetileno.

FORMAS DE EXPOSIÇÃO
Os trabalhadores se expõem aos solventes quando utilizam em seu local de trabalho ou ao transvasá-lo de um recipiente para outro e ainda, ao armazená-lo. Devido a sua volatilidade e ao respirar seus vapores, os solventes penetram através das vias respiratórias e podem chegar até aos tecidos e órgãos mais receptivos. Caso ocorram derrames ou respingos, os solventes podem entrar em contato com as mãos do trabalhador ou impregnar suas roupas e assim, penetrar através da pele. Com a manipulação dos solventes, do material de trabalho, a roupa, etc produz-se gradativa contaminação. No caso do trabalhador fumar ou comer no local de trabalho, pode também ocorrer uma intoxicação por ingestão. Esta última, menos freqüente na atividade laboral.

RISCOS DE INCÊNDIO OU EXPLOSÃO
A maioria dos solventes é inflamável. Outros, não queimam facilmente, porém se decompõem em altas temperaturas e produzem produtos da decomposição altamente tóxicos, tais como, os hidrocarbonetos halogenados que dão lugar ao fosgênio, ao ácido fluorídrico, etc Também existe o risco de explosão. Cada solvente tem um intervalo de concentração no qual é possível ocorrer a explosão. Nos limites superiores e inferiores das concentrações, não há risco de explosão. De mãos dessa informação, fica mais fácil controlar esse risco. Basta controlar as concentrações fora dos limites de explosividade e este risco fica controlado. Esses dados podem ser coletados nas Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) e também, nas Fichas Técnicas dos produtos.

FORMAS DE CONTROLE DO RISCO DE INCÊNDIO/EXPLOSÃO
Os riscos podem ser controlados da seguinte forma:
-Forçando a ventilação nos locais de trabalho para evitar concentrações perigosas;

-Eliminando a possibilidade de faíscas, chamas e temperaturas elevadas, etc

FORMAS DE INGRESSO NO ORGANISMO
Penetram por diferentes vias:

-PULMONAR, durante a respiração, sendo esta, a via de entrada mais importante no ambiente laboral;

-CUTÂNEA, considerando que a pele permite a entrada da maioria dos solventes, devido a sua lipossolubilidade. Alguns atuam sobre a pele ocasionando dermatoses;

-DIGESTIVA, contaminação por meio dos atos de comer ou fumar no ambiente de trabalho. O trabalhador exposto poderá ingerir pequenas quantidades de solventes impregnados nas mãos, nas ferramentas ou nas roupas.

EFEITOS
Os solventes produzem efeitos narcóticos, considerando que atuam sobre o Sistema Nervoso Central (SNC). Também, podem atuar sobre diferentes órgãos, podendo ocasionar lesões no fígado, rins, sistema hematopoiético, dentre outros. Exposições contínuas e prolongadas podem dar origem a enfermidades, como por exemplo, o benzolismo, produzida pelo benzeno, leucemias e câncer de fígado,produzida pelo xileno e tolueno, solventes de tintas, etc

PROCESSOS QUE OS SOLVENTES SOFREM NO ORGANISMO
Uma parte do solvente inalado percorre o trato respiratório, chega ao sangue e a diferentes órgãos e tecidos. Ao cessar a exposição, o organismo inicia a sua eliminação, através do processo inverso, até que toda substância seja eliminada por meio do ar expirado. Outra parte sofrerá uma série de transformações, principalmente no fígado. Estas substâncias transformadas, chamadas metabólitos, são geralmente derivados hidrossolúveis do solvente, e podem ser eliminados facilmente pela bile ou pela urina.
Não há uma regra geral de biotransformação dos diferentes grupos de solventes. Cada um tem seu comportamento particular no organismo do trabalhador.
Conhecemos alguns metabólitos: O tricloroetileno se transforma em ácido tricloroacético e tricloroetanol, que são eliminados pela urina; O benzeno em fenol urinário; O estireno em ácido mandélico e fenil-glioxílico; O metanol em ácido fórmico, etc

ABSORÇÃO PULMONAR
A absorção pulmonar segue duas etapas:
– A entrada do solvente desde o meio ambiente até os alvéolos pulmonares;

– A transferência desde os alvéolos pulmonares até o sangue venoso.

Na primeira fase o solvente se introduz na cavidade alveolar, mediante o ar inspirado. Na segunda fase ocorre a difusão ao sangue, que depende:
a) Das características físico-químicas do solvente, coeficientes de difusão e divisão entre o sangue e o ar;

b) Das características das membranas alvéolo capilares (superfície, espessura), do débito cardíaco (volume sangue pulmonar, freqüência cardíaca) e da ventilação pulmonar, a qual depende do esforço físico durante a exposição. Como conseqüência, se absorverá mais quantidade de solvente em exercício do que em repouso.

CAUSAS DO METABOLISMO DOS SOLVENTES
Acredita-se que a maioria das substâncias químicas sofre trocas no organismo, transformando-se em outras substâncias. Isso, porque o organismo procura manter seu equilíbrio químico, evitando concentrações perigosas. O metabolismo provoca uma elevada redução do solvente no sangue, transformando-o em compostos menos tóxicos, geralmente mais fáceis de eliminar, ainda que, em conseqüência disto, possam os pulmões continuar absorvendo mais solventes.

SINTOMAS DA INTOXICAÇÃO POR SOLVENTES
Quando da inalação dos vapores, os sintomas são, fundamentalmente, devidos ao efeito narcótico: sono, enjôo, falta de reflexos, cansaço, debilidade, falta de concentração, instabilidade emocional, dor de cabeça, falta de coordenação, confusão mental, debilidade muscular, etc Em uma intoxicação crônica podem aparecer alterações respiratórias, hepáticas e renais, podendo surgir inclusive, tumores cancerosos. Caso o solvente penetre também por via cutânea, produz dermatites, podendo levar a câncer de pele.

INTENSIDADE DOS EFEITOS DOS SOLVENTES
A intensidade dos efeitos dos solventes no organismo humano se mede pelos resultados dos exames médicos ocupacionais gerais e específicos:
a) Provas psicológicas e psiquiátricas: Reflexos, concentração mental, memória, etc

b) Provas clínicas para determinar a quantidade de solventes absorvido no sangue e de seus metabólitos, normalmente na urina. Atualmente, pode-se medir a concentração do solvente
exalado ao final de um tempo medido, após a exposição;

c) Provas clínicas, nas quais se medem certos parâmetros biológicos, e se comparam com outros já estabelecidos.

PROCEDIMENTOS PARA COM O TRABALHADOR INTOXICADO
De modo imediato:
a) Afastar o trabalhador da fonte contaminante;

b) Encaminhar o trabalhador ao médico para receber tratamento de desintoxicação;

Tratando-se de intoxicação crônica:
a) Transferir o trabalhador para ouro posto de trabalho onde não haja exposição ao contaminante;

b) Encaminhar o trabalhador para receber tratamento médico específico.

MEDIDAS DE NATUREZA MÉDICA
1-Exames pré-admissionais:
São os exames preliminares que objetivam evitar a exposição de trabalhadores que apresentam uma predisposição particular à intoxicação com solventes (enfermos hepáticos, renais, anêmicos, etc)

2-Exames periódicos:
São os exames clínicos periódicos que deverão ser realizados com freqüências que dependerão da natureza dos solventes e do risco de intoxicação (A NR-07 especifica que deverá ser colhido o material biológico no final do último dia de jornada de trabalho, evitando-se a primeira jornada da semana, podendo-se comprar as diferenças entre pré e pós jornada de trabalho).

3-Exames demissionais:
Após deixar o local de trabalho com risco, a empresa deverá garantir que estar devolvendo o trabalhador integro a sociedade ou assumir o dano causado ao mesmo.

FATORES DETERMINANTES DO RISCO NO LOCAL DE TRABALHO
a) A toxidade do solvente;

b) As concentrações dos solventes no ambiente de trabalho;

c) O tempo de exposição dos trabalhadores as concentrações identificadas.

Como vemos esses parâmetros também se aplicam a determinação da insalubridade. Tem chegado em minhas mãos inúmeros laudos de “experts” erroneamente concedendo insalubridade apenas pela presença do agente nocivo no ambiente de trabalho. È necessário dimensionar a real exposição do trabalhador ao agente nocivo (toxidade/capacidade de inalação, intensidade/concentração e tempo de exposição. Sem esses parâmetros é impossível se determinar a nocividade de qualquer que seja o agente nocivo, mesmo para os que não possuem limites de tolerância.

DETERMINAÇÃO DA TOXIDADE POR SOLVENTE NUM AMBIENTE DE TRABALHO
A determinação da toxidade num ambiente de trabalho por solvente é definida pela maior ou menor concentração do agente no local e sua variação ao longo da jornada. Esses níveis podem ser conhecidos mediante:

a) Tomada de amostras – Para isso é necessário fazer passar o ar presente na atmosfera respirável do trabalhador por uma bomba de aspiração, para que entre num tudo absorvente contendo carvão ativado, para que o solvente fique retido;

b) Análise laboratorial – A fim de se determinar as concentrações por meio da análise dos compostos absorvidos no carvão ativado (para leitura não instantânea);

c) Comparação de indicadores – Os resultados são comparados com valores estabelecidos, objetivando o conhecimento das reais concentrações em relação aos valores aceitáveis, por meio das tabelas de valores Limites Permissíveis. A legislação brasileira (NR-15) não dispõe de valores Limites de Tolerância para solventes aromáticos (Hidrocarbonetos Aromáticos), onde a avaliação é qualitativa, nos termos do anexo13 dessa norma. Para isso, devem-se utilizar os limites de tolerância (TLV) da ACGIH, conforme determina a NR-09.

MEDIDAS DE CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO POR SOLVENTES
As medidas de controle implicam:
a) Estudo da atmosfera respirável do trabalhador:
Proceder ao estudo da atmosfera respirável a fim de se conhecer a magnitude da contaminação;

b) Aplicação de técnicas de controle
– Substituição de um solvente por outro menos tóxico, cuja aplicação seja similar. Hoje já existem no mercado solvente que não contêm hidrocarbonetos aromáticos, portanto, sem toxidade para contato por via aérea. Para utilização de solventes aromáticos, o prevencionista deverá eleger o solvente que tenha maior concentração permitida (Limite de Tolerância) e menor pressão de vapor;

– Elaboração de processo de produção a fim de controlar o emprego, manipulação ou liberação de solventes perigosos;

– Separação mediante isolamento do processo a fim de evitar a disseminação do contaminante no local de trabalho, reduzindo a zona afetada e o número de trabalhadores expostos;

c) Ventilação
Após isolar o foco no qual se produz a evaporação do solvente, deve-se instalar uma exaustão localizada, objetivando diminui a sua concentração no local de trabalho;

d) Equipamento de Proteção Individual – EPI
O EPI, por ser o modo mais fácil de resolver o problema, acaba ganhando “status” prioritário na adoção de medidas corretivas. Porém, a adoção de EPI deveria ser a última solução.
Lembrando que a doção de EPI não se restringe apenas no fornecimento do EPI. Há de se implementar outras medidas necessárias, como por exemplo, higienização, manutenção, fiscalização quanto ao uso ininterrupto, substituição periódica, validade do Certificado de Aprovação (C.A.), nível de eficiência em relação a concentração do contaminante e do percentual de oxigênio no ar, etc Convém salientar que todas essas medidas de controle de EPI deverão ser documentadas por meio de registros, fichas, formulários e outros e devidamente assinados pelas partes implicadas para que tenham sua validade legal.

Basicamente, a proteção individual se efetua por:
– Uso de equipamentos de proteção;

– Higiene pessoal.

Os equipamentos especificados para o trabalho com solventes são respiradores, luvas, óculos para produtos químicos e aventais. Esses equipamentos devem ser fabricados com materiais adequados ao solvente que seja empregado na empresa, visando evitar ressecamentos, perda da elasticidade, perda de pressão, rachaduras, endurecimento, deformações das peças e outras anomalias que possam reduzir o nível de eficiência do EPI. Os respiradores mais leves possuem níveis de eficiência de até dez vezes o limite de tolerância, indo até os de pressão positiva de adução de ar ou autônomos. Para esses dois últimos, não há limites de concentração dos contaminantes no ambiente de trabalho. Para adoção dos respiradores de pressão negativa (dez, cem ou mil vezes o limite de tolerância), há de se conhecer o valor da
concentração do contaminante e o valor do nível de oxigênio no ambiente. Quando as concentrações são visivelmente intensas e o local não é ventilado, é aconselhável a adoção de respiradores de pressão positiva. Todos os EPI devem ser higienizados diariamente.

A higiene pessoal influi diretamente na diminuição dos efeitos nocivos dos solventes.
– Lavar freqüentemente as mãos com água e sabão;

– Tomar banho e trocar de roupas;

– Evitar a contaminação da roupa e material de trabalho com o solvente.

FATORES QUE INFLUENCIAM NO RISCO DA CONTAMINAÇÃO POR SOLVENTES
– O desenho da cuba de desengraxe ou de armazenagem temporária do solvente: Dimensões, sistema de calefação, condensador, decantador de água, etc

– Método de operação: Introdução e retirada de peças, técnicas de desengraxe, manutenção da cuba;
– Desenho do sistema de exaustão incorporado, volume de exaustão, etc

OUTROS FATORES
– A formação de fosfogênio, procedente da decomposição do tricloroetileno, por exemplo, que pode ocorrer quando sob a ação de altas temperaturas na cuba ou provocada por faíscas emanadas dos postos de soldagem nas proximidades;

– Explosão, ao ser utilizado o solvente em peças de metais leves (alumínio). Isso se deve a formação de ácido clorídrico, ao atuar a luz e o oxigênio sobre o tricloroetileno. O ácido clorídrico reage com o alumínio para dar origem ao cloreto de alumínio (Cl3Al) com um grande desprendimento de calor, podendo iniciar uma reação em cadeia e possivelmente, uma explosão.

MEDIDAS PARA CONTROLE DOS RISCOS EM CUBAS DE DESENGRAXE
As medidas para controle são:
a) Utilização de cubas projetadas que evite a saída dos vapores para a atmosfera respirável do
trabalhador;

b) Evitar o superaquecimento do solvente e da cuba;

c) Evitar o derrame do solvente durante o manuseio e por excesso ou transvasamento;

d) Realizar limpeza periódica e manutenção da cuba;

e) Nunca utilizar o tricloroetileno quando a peça possuir partes em alumínio;

f) Situar a cuba em ambiente com boa ventilação natural. Apenas a ventilação natural é suficiente, caso o desenho da cuba e o método de trabalho estejam corretos. Normalmente a cuba é provida de dispositivo para exaustão, cujos parâmetros, como volume de exaustão e desenho devem ser adequados ao volume de solvente comportado.
OUTROS FATORES RELACIONADOS
– Substituir um solvente por outro menos tóxico, para a mesma utilização;

– Evitar, na medida do possível, processos de manipulação e liberação do solvente;

– Medir periodicamente a concentração do solvente no ar, com o fim de avaliar a eficácia das
medidas de controle;

– Dar ciência aos trabalhadores sobre os resultados das avaliações ambientais e explicar sobre
os riscos a que estão submetidos, quando a concentração no ar ultrapassar o limite de tolerância;

– Dar ciência sobre os resultados dos exames médicos ocupacionais aos trabalhadores interessados;

– Fornecer e tornar obrigatório o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), necessários e suficientes a redução das concentrações dos agentes nocivos a patamares seguros;

– Encaminhar os trabalhadores para realização dos exames médicos constantes do PCMSO;

– Elaborar procedimento de segurança para a utilização segura dos solventes;

– Fiscalizar o cumprimento dos procedimentos de segurança;

– Paralisar imediatamente as atividades em caso de risco grave e iminente, como por exemplo, faíscas, fontes de calor, concentrações altas, baixa aeração do local, etc

– Encaminhar de imediato o trabalhador ao serviço médico em caso de enjôo, dor de cabeça, torpor, etc;

– Providenciar treinamentos sobre segurança com solventes, realizar estudo sobre as Fichas de
Informações de Segurança de Produtos Químico (FISPQ), etc

Ao final deste artigo, espero ter conseguido passar informações úteis para os leitores.

Bibliografia:
Coleção Trabalho e Saúde na Indústria: Riscos Químicos e Físicos e Prevenção de Acidentes, 2000, Stellman/Daum;

Insalubridade e Periculosidade – Aspectos Técnicos e Práticos, 10a edição, 2001, Tuffi M. Saliba/Márcia A. C. Corrêa;

Química Orgânica – Vol 3, 6a edição, 2004, Ricardo Feltre;

Química, Volume único, 4a edição, 2000, Antonio Sardella.