Empresas brasileiras enfrentam crise disfarçada em 2014 – Por Heitor Borba.

 

A tão temida crise chega às empresas brasileiras em 2014, mas de forma disfarçada, o que agrava ainda mais a situação das organizações dos diversos ramos econômicos.

 

Para o próximo ano ainda há uma infinidade de incertezas, frente ao atual cenário político-econômico do país e do mundo. As incertezas pairam basicamente nos resultados das próximas eleições,  rumos seguidos pelos conflitos internacionais e demais decisões políticas a serem tomadas, principalmente, na área econômica. É certo que ajustes deverão ser feitos no atual plano econômico com o objetivo de torná-lo tangível às demandas atuais e futuras. O que não se pode negar é que há fortes evidencias de uma crise econômica acentuada, sentida pelas empresas e trabalhadores. Os indicadores econômicos não poderão ser maquiados por muito tempo. Acredito que apenas até as eleições o governo deva segurar na marra os índices de inflação. Inflação essa, sentida no bolso do trabalhador que não consegue mais manter todos os itens da sua feira mesmo percebendo todos os reajustes salariais. Pior, o empresário que não está conseguindo manter o custo do contrato com o valor acordado no inicio do ano devido ao aumento dos custos com mão de obra, tributos e matéria-prima. É possível uma estimativa da crise quando observamos a queda nas vendas devido ao encarecimento do crédito com taxa de juros crescente, tanto para as empresas como para os trabalhadores.

 

Eventos como queda do PIB, taxa de juros elevada, inflação galopante e disfarçada como a nossa e elevados gastos públicos são os ingredientes necessários para o fracasso econômico de qualquer país e consequentemente, das empresas.

 

O terror dos anos 80 e 90, quando as empresas desapareciam do dia para a noite, é o atual pesadelo dos empresários brasileiros. Se as empresas do ramo de projetos pisarem no freio, é sinal que a crise chegará à construção civil, principal indicador econômico para os Estados mais pobres da federação.

 

As organizações precisam adequar os seus custos através do planejamento de novos processos operacionais mais eficientes, com elaboração de planos para readequação dos investimentos. Buscar novos mercados com sazonalidades alternadas em relação aos existentes, enxugamento da máquina administrativa e operacional através da implementação de novas tecnologias e processos de trabalho, lançamento de produtos mais competitivos no mercado, são algumas das formas que podem ser pensadas dentro do planejamento executivo a fim de minimizar o impacto.

 

O fato é que o aumento de juros e de impostos atrelado ao corte de crédito frente às atuais exigências do mercado são elementos tóxicos para as empresas, envenenado pela falsa estabilidade econômica propagada pelo governo. Não há como conciliar esses fatores com a atividade econômica, mesmo quando implantado um excelente plano mitigador de crises. Portanto, recesso à vista.

 

Fonte da imagem:

http://www.novacachoeira.com.br/noticias/147/uma-pena-o-predio-da-antiga-mernak-s-a-jaz-em-ruinas

 

Webgrafia:

 

http://www.abemi.org.br/crise-setor-de-petroleo-coloca-em-risco-engenharia-industrial-brasileira/

 

http://jornaldopovoparana.com/as-incertezas-das-empresas-brasileiras-em-um-cenario-de-crise-economica/

 

http://www.pco.org.br/economia/a-crise-das-duas-maiores-empresas-brasileiras/aeyy,s.html