Curto-circuito – Por Heitor Borba

 

O curto circuito ocorre quando dois condutores com tensões diferentes entram em contato ou são ligados por uma resistência fraca. É o caso, por exemplo, de dois cabos energizados que entram em contato um com o outro sem a capa de isolamento ou com a capa danificada.

Quando se dá o curto-circuito, direto ou por meio de uma fraca resistência, como é o caso de fios com encapamento ressecado ou danificado, os condutores são instantaneamente atravessados por uma forte corrente de elétrons presentes no condutor energizado, provocando um grande aquecimento capaz de fundir os fios e inflamar as matérias combustíveis nas proximidades. Muitos incêndios são iniciados dessa forma.

 

ANÁLISE DO CURTO-CIRCUITO

Primeiro caso:

Contato direto entre dois condutores em carga.

A resistência entre condutores tende a zero, conforme a lei de Ohm:

 

I = V/R = V/0 = ∞

 

ou seja, a corrente atinge valor infinito e provoca uma temperatura elevadíssima.

 

Segundo caso:

Contato entre dois condutores por meio de uma fraca resistência. Por exemplo, contato entre condutores onde a tensão de um deles é de 220 V e a resistência entre eles de 200 ohms, mas que cai para um valor mínimo de 0,001 ohm, após o curto-circuito. Considerando a resistência de 200 ohms a corrente drenada será de:

 

I=V/R = 220/200 = 1,1 A

 

Com a queda da resistência a corrente irá para:

 

I=220/0,001A = 220.000 A

 

Cuja quantidade de calor poderá chegar a 116,16 x 105  cal, suficiente para “torrar” um boi inteiro.

 

Percebemos que com o início do curto-circuito a resistência diminui drasticamente, permitindo a drenagem instantânea de mais corrente entre os sistemas, ocasionando um fluxo de elétrons que tende ao infinito ou até quando derreter todo o sistema.

 

Para evitar que isso ocorra, existem os “DR”, conforme o artigo Dispositivo Diferencial Residual – DR.